Como uma sentença impronunciável, por guardar em si tanta verdade sem sabor de mundo, pensou no absurdo que era ter saudade do futuro. Mas era isso que sentia. Saudade de quem viria, das coisas que guardaria na estante do quarto, da varanda da casa, de pisar nas folhas secas do outono que chegaria, dos livros que cantariam versos. Saudade. Sim, era isso tudo.
O primeiro atingiu a pálpebra esquerda, trazendo-lhe o desconforto de estar no mundo. O outro caiu vertiginosamente contra a estrada que seguia. Vendo-o se transformar em nada, se desfazendo diante daquilo que poderia ser a imensidão, sentiu o infortúnio de rasgar-se em vida. E agora que existia, poderia contar algumas histórias
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010
domingo, 13 de dezembro de 2009
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