segunda-feira, 29 de junho de 2009

Você é Bahia ou Vitória, porra?

Queria ver Hamlet, mas vou esperar a Escola de Teatro da UFBA fazer uma adaptação menos custosa pro meu bolso. É que Wagner Moura é uma estrela global muito grande pra caber no meu orçamento. Agora, me diz, se a peça é praticamente ele e se há poucos recursos cenográficos o ingresso caro se explica por qual motivo mesmo? E, pra completar, já nem simpatizo mais tanto com ele. Primeiro, ele faz aquela propaganda tosca para o banco mais COMPlicado do país. Meu lado xiita nunca veria isso com bons olhos - ainda que meu lado paz e amor diga que é bobagem e que se não fosse ele seria outro. Ok, mas é ele. E logo em seguida ele vai pra Brasília querer acabar com a meia estudantil da galere classe média que ainda aposta na cultura. O argumento vergonhoso é que há muitas fraudes, o que torna o espetáculo caro, etc. Tá, alguém já se deu ao trabalho de pensar porque a maioria das pessoas fraudam? Se eles lessem um pouco mais sobre condições materiais de existência, se retirassem os olhos por dois segundos das bolsas Chanel e se parassem de comer a Daslu com tudo que existe dentro, talvez percebessem que não são só as favelas que concentram os bolsões de miséria do país - mas também a classe média,candidamente sentada no seu Tok&Stok, e afundando desastrosamente em dívidas.

Daí, o engraçadinho diz que quer limitar pra 40% a venda de meias. No Brasil, é o mesmo que acabar, né minha gente? Afinal pra ter esse percentual garantido seria preciso trabalhar minimanete com idoneidade e fiscalização séria. E diz a nossa condição histórica de existência que isso nunca nos pertenceu.

Como todo Wagner, esse também está jogando no time errado.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

“O que você quer saber de mim, meu filho?”





Mineiro de Belo Horizonte, 21 anos, tratador de bichos e bichas, vocalista fracassado por natureza, Daniel Quitiliano da Fonseca vestiu a saia justa e saliente da baiana pra Rodar Tudo. Romântico do tipo forçosamente assumido, sempre foi adepto de escolhas rápidas e entregas dolorosas. Aos 13 anos, enquanto todos os colegas criavam desejos pueris sobre as pernas das professoras, pôde sentir o que é uma de verdade quando, de joelhos, pediu em namoro a sempre loira Aline Moerbeck, posteriormente espancada num episódio que me custaria um livro. Esse projeto de biólogo, conhecido tanto pelos relacionamentos efusivos e passageiros quanto pelo número de piadas, ironias e intrigas que causou, só ficou mesmo sub-famoso depois de se apresentar para uma platéia de estudantes fétidos e semi-analfabetos ao som de Barbie Girl, música imortalizada pela saudosa Kelly Key. Na ocasião, teve um sonho cinematográfico: Willy cruzando o seu corpo nu ao som de I Wil Survive. “Nasci mesmo foi pra ser artista” foi o que pensou quando interpretou esse pesadelo. Nessa entrevista, Fonseca abre o coração e deixa o sangue sujar sua tela com muito melodrama e pouco pudor. A conversa foi dividida em duas partes. A primeira é o momento de plantar pitangas e a segunda de comer pimentas (Se é que me entendem.

Você é adepto da filosofia de trocar de namorado como quem troca de roupa. Afinal, o problema está em você ou nos outros?

Eu não sou adepto dessa filosofia! o seja ridículo! Eu sou um homem que ama demais e se entrega. Acabo sofrendo por conta disso, mas o que desejo mesmo é ter perspectiva de ficar com alguém pra sempre. Não quero nada temporário

Mas porque então você tá sempre mudando? É por convicção pessoal?

Sou alguém que acredita no amor. Fico triste quando uma relação não dá certo. A melhor forma de não sofrer, teoricamente, é arrajando um novo amor, mas isso acaba virando uma bola de neve. Sabe o príncipe chegando no cavalo branco? Eu sonho com isso todas as noites.

Acho que seu príncipe caiu do cavalo antes de roubar a princesa.

Infelizmente essa história não foi escrita pra mim ainda. As mágoas surgem com a vida, mas tem que erguer a cabeça e bola pra frente! Eu sou um rapaz sério. As pessoas é que não entendem que estou eternamente buscando o amor nessa vida. E, apesar de tudo, eu não vou desistir de encontrá-lo!

Seu bom humor constante e suas brincadeiras initerruptas são uma forma de você esconder o Daniel que há dentro do Boi (apelido dele)?

[Risos] Bom, o humor contagiante é algo espontâneo com certeza. É algo raro em mim, pois, apesar de tudo, sou muito tímido. Poucas pessoas têm a felicidade de conhecer esse meu lado totalmente. Só com muita intimidade mesmo. Quanto ao esconder o Daniel dentro de mim, eu faço isso de várias formas. Não só com bom humor. Nem sempre gosto de mostrar o que estou sentindo. Deus me deu o dom da interpretaçao pra me ajudar nesse ponto. Geralmente tenho resultados muito satisfatórios.

Se Deus te deu o dom da intepretação porque ele não foi um pouco mais generoso e não te deu também o dom de dizer não?

Quem tudo quer, nada tem! Estou nesse mundo pra aprender também. Essa é só uma das questoões a serem respondidas na prova da minha vida.

Nessa sua prova da vida, quais questões você já sabe que não saberá responder e em quais você marcou a opção errada?

Não sei responder porque o sofrimento assola tando minha vida. De fato sou muito feliz. [Se sofre tanto na primeira frase como é que pode ser tão feliz na segunda? Bipolar ou doido mal resolvido?] Tenho uma vida maravilhosa e não tenho o que reclamar, mas em questões sentimentais eu realmente fui enviado pra sofrer. Acho que isso deve ter alguma associação com algo que fiz na vida passada. Quanto à opções erradas, eu não me arrependo de nada que faço. Como disse, estou aqui pra aprender e sei que evoluo internamente a cada erro reconhecido e consertado.


Existe algo absolutamente secreto na sua história de vida?

[Risos intensos – ou seja, existe] Não, não. Diria que minha vida é um livro aberto, mas não a exponho com muita frequência. Aos poucos as páginas serão lidas ou não, mas não por serem secretas. [Entenderam a lógica? Eu também não]

Se tivesse de escolhar a trilha sonora de sua vida, I will survive seria seu toque de despertar?

[Risos] No contexto da conversa até que seria bem pertinente, mas se hoje eu fosse passar um filme /clipe da minha vida, com todos os momentes especiais, marcantes e tudo aquilo que enche os olhos de lágrimas, eu escolheria "Forever" do Chris Brown.

Se tivesse de escolher um objeto pra se definir, você escolheria uma frigideira (aquela que só queima o fundinho)?

Ridículo. Os detalhes da minha vida sexual envolvem muito mais do que queimar o fundinho. Um objeto que eu seria...hum....estou pensando..hum...[Sono]...uma bicicleta.

Uma bicicleta? Por quê?

Pois posso marcar a vida de quem se dedica a mim e me tornar inesquecível, sem querer ser esnobe.

Fiquei confuso. Não entendi a escolha do objeto com a explicação.

[Risos] Não sabia o que dizer.

Então, por que disse?

Sei lá, pensei naquilo: ninguém esquece como se anda de bicicleta. Aí disse.

Continuo sem entender. Mas deixa pra lá, a gente já entendeu. Mudando de assunto, alguém do besteirol que faria você ficar feliz em qualquer situação. Quem seria?

Ai, difícil... Isso da briga... Posso não responder?

Pode. Alguém do besteirol que faria você ficar triste em qualquer situação?

Aff.

Alguém do besteirol que você levaria pra uma Ilha Deserta e alguém do besteirol que você deixaria pra sempre num ilha deserta? (se n for do besteirol pode ser de outros ciclos).

Levaria Joe Jonnas pra ilha comigo. Deixaria na ilha, hum, acho que Nicole. Ela sempre nadou muito bem. Ia saber voltar.

E quem do besteirol você escolheria pra dar um beijo verdadeiro?(Critérios de seleção pra essa escolha: a pessoa que vocêacha mais sexy, mais atraente, mais completa.)

Espera [Risos]. Vou dar uma olhadinha na comunidade. Ah, com certeza Paula.

Com certeza Paula.

Parte final da entrevista: (Não recomendado para menores de 18 anos]

Já?

Já. Que conselhos você daria às meninas e aos meninos que querem iniciar a vida sexual?

Se protejam e mandem ver!

Ponto G pra você implica no que exatamente?

O nível da entrevita está caindo.Garanto que você não está perguntando isso pra Nandinha.

Não entrevistei ela ainda. Mas sim e a pergunta do Ponto G?

Ai meu deus. É o ponto que faz você ir às nuvens e voltar. Alguns não voltam.

Você já ficou nas nuvens? A queda é ruim?

Sempre fui bem levinho...

Como assim?Alguma vez você deixou de funcionar?

Não, meu filho, aqui funciona ate quando não devia.

Se é assim, então você já passou alguma vergonha pela sua, digamos, hiperatividade?

Pula

Qual foi o lugar mais diferente que você já fez sexo?

Sobre um freezer

Então, foi bem gelado, né?

Nada. Derretemos todo o conteúdo.

Você sempre se mostra muito conservador no assunto sexo, já aconteceu da relação ter mais de dois ?

NUNCA, isso não existe pra mim

Mas alguém, alguma vez, já tentou convencê-lo do contrário?

Não que eu me lembre

Aparentemente, você parece ser sedento por sexo. Qual o seu limite?

[RISOS] Meu filho, ano passado fiquei 5 meses sem.

E lá, você não arranjou nenhuma baleia?

o pra esses fins.

Nem pra fins didáticos?

Não.

Ok, acho que de sexto já deu (literalmente). Queria só tocar num último ponto

Drogas.

[RISO] Não...

...Sim. Pra você, careta é ser contra ao uso de qualquer droga só porque geral diz que não presta ou careta é somente a expressão facial que demonstra desgosto?

Hum. Acho que ser careta é ser contra uso de drogas. Acho que cada um tem direito de ter sua própria opinião a respeito de um assunto. Assim como não acho errado quem é a favor. A questao é ter fundamentos, conhecer os riscos e conhecer o assunto.

Afinal, de qual bolo doido você é o fermento?

Pula

Raves são a boca de fumo da classe média?

Hoje em dia quem quer encontrar, encontra em qualquer lugar. Até escola virou ponto de droga.

A frase de sua vida é...

Há males na vida que vem para o bem

Deus escreve certo com linhas tortas.

Adoro todos esses chavões.

Eu não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa



Guimarães Rosa é o nosso melhor escritor. Ele consegue a proeza de ser melhor do que Machado e melhor do que Clarice. Sim, é possível. O que ele escreve, as palavras escolhidas, a cadência do texto e aquele jeito tão peculiar de construir o universo das suas obras são traços de grandiosidade inequívoca. Não acredito em dom, em talento nato, porque, além de ser uma forma fácil e simplista de resumir a competência de alguém, é bem preconceituoso, embora, no caso de Guimarães poderíamos pensar em casos de excepcionalidade.

"Falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração."

Conhecer outros idiomas foi a ferramenta que Guimarães usou para ser o autor com maior domínio sobre a própria língua. É de uma riqueza formidável: não só para explorar palavras, como também para construí-las, transformá-las, nos levar a imaginar um mundo a ser desbravado. Encantador.

Rosa escreveu pouco. Mas, calma, não tão pouco quanto a Emile Brontë. Em vida, Sagarana (1946), obrigatório na lista de vestibular da Fuvest-USP, Corpo de Baile (1956), Grande Sertão: Veredas (1956), Primeiras Estórias (1962), Noites do Sertão (1967). Mais outros tantos contos para periódicos e lançamentos póstumos desdobrados de outros títulos, como Manuelzão e Miguilim - primeira e maravilhosa obra que li dele. Miguilim, a propósito, ainda me deixa atormentado, esperando o dia em que eu, atravessando algum rua da metrópole, encontrarei com ele usando óculos e procurando informações sobre onde pode pernoitar.

O que me deixa realmente pasmo é, claro e mais uma vez, o nosso desprezo com esse acervo. Estou convencido de que 90% dos meus colegas de escola se formaram sem saber que o moço existiu e 9,99% marcaria a opção Prefeito de Cabaceiras do Paraguaçu caso fossem interpelados com a clássica pergunta: "Mas quem foi ele afinal?". E veja, estudei numa das melhores escolas dessa cidade, reduto da classe média pretensamente intelectualizada, formação católica, disciplina, anotações, etc. Então, por aí a gente já entende o que Guimarães Rosa representa para essa gente toda que mastiga frases de Içami Tibá e dorme com Zíbia Gasparetto debaixo do travesseiro.

Se é fato as pessoas entendem tanto de literatura quanto eu de física quântica, isso até poderia ser um sinal evidente de que precisaria controlar meus padrões de exigência e, conseqüentemente, parar de cobrar tanto de quem nada tem a oferecer. Só que não ser um especialista em física quântica ou qualquer outra coisa que as demais pessoas se consideram autoridades não me torna incapaz de saber quem foi e o que fez Galileu, Newton, Einstein, Lattes e, vejam vocês, Guimarães Rosa. Porque como ele mesmo escreveu: A cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total.

Entenderam, né?



quinta-feira, 25 de junho de 2009

Coletivo de idéias

Exatamente quando escrevo as piores coisas, o blog aparece com mais visitantes. Isso me deixa inibido. Hoje mesmo seria um dia ideal pra tomar decisões. Nem vou dizer importantes, porque minhas decisões, quando eu mesmo as tomo, não podem ser importantes. Tem algum tempo que quero formar um coletivo. Estou buscando alguns amigos, conhecidos e até desafetos que possam dar alguma contribuição generosa (aceitamos pré-datado). Minha lógica torta diz que se Salvador tem muito pouco de lazer e é tremendamente cruel com quem tem R$ 1,94 na conta do Banco, então a saída viável é tentar preencher as lacunas das nossas vidas com algo que além de barato, legal e construtivo também ocupe nosso tempo ocioso. Agora mesmo, a Avenida Garibaldi parece mais a Rua São Jorge, lá de Ubaitaba - tamanho o movimento. É que geral não satisfeita com o São João, com os 6 dias de folga, com o fato da semana tentar começar na quinta, acha injusto de mais festejar um santo e largar o outro de lado. Aí comemora São Pedro também. E se Bento XVI bobear, Irmã Dulce entra no calendário intercalando o São Pedro com o Dois de Julho.
Até segunda-feira, portanto, a vida soteropolitana será esse paraíso livre de engarrafamentos e terra de ninguém.

Enquanto as coisas não voltam ao normal e me inspiro nas dezenas de mortos que os assaltos a ônibus em Salvador tem deixado, começo a pensar que o nosso coletivo tem de ser algo cheio, pleno. Tipo um Sussuarana R2 em horário de pico. Como questão básica é preciso entender que jamais iremos nos definir como marxistas mesmo sabendo que tudo aquilo que a gente vai fazer e falar é marxismo. Tampoco deixaremos esquecidos os velhos hábitos que nos fizeram jogar pedra na prefeitura e cuspir no túmulo de Malvadeza: o debate sim, mas se precisar a gente passa por cima. Apesar disso, acho que pedra chave do nosso grupo é mesmo o vale-tudo. Se hoje ninguém tiver afim de discutir política, abrimos a Vogue e falamos sobre moda. Sem vontade pra ler Foucault, ok, temos aqui um exemplar de R$ 9,90 de Harry Potter. Cansou de analisar Dogville, alguém já está trazendo um cópia de Procurando Nemo. Acha passeata demodê, vamos pedalar na Orla. Quer fazer uma loucura, certo, se inscreve num curso de jornalismo.

Pode parecer coisa de baiano pós-feriado, mas juro que a idéia é séria.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Metido


A tequila mais forte, o bolinho de queijo mais gorduroso e o acarajé mais aguado.
Um canção de letra trocada, um poema de Vinícius mal declamado e a concavidade do nariz de um ator vagabundo.
Cláudia Lete, Corpo no Chão e o medo do sinal abrir.

Há fortes indícios de que no fim ela acabará comigo.
(Válido para todas as interpretações)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mais do mesmo

Infeliz com esses últimos posts. Infeliz com esse post. Infeliz com esse título. Infeliz com o que não vou escrever e com a bobagem que colocarei aqui. Dois meses sem entrar numa livraria me fazem ver que eu não sou nada sem literatura.

Ney de novo pra dar uma trégua.

Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa

Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo

E o que me importa é não estar vencido
Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa

Rosa de Hiroshima


Ney Matogrosso

Manhã

O problema dessa história de protestos pela internet é quando as pessoas realmente acham que estão sendo úteis. Acho que geral não entendeu ainda que se nem destruindo fazendas inteiras, nem invadindo o Congresso, nem jogando pedra na prefeitura está resolvendo, um click no Twitter, Orkut ou Email tem o mesmo feito que olhar para o céu e pedir a São Pedro que pare de chover. Se bem que...vai que para, né?

Recordações da época em que Maiakoviski se fazia entender.




Na primeira noite, eles aproximam-se
e colhem uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam o nosso cão.
E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, souba-nos a lua,
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Chapadoche


Daí que estavam cogitando de irmos pra Chapada Diamantina no feriadão, que vai de 2 de até 5 julho, pra comemorar meu aniversário que é dia 04. É porque a gente já entendeu que é muito obsoleto essa pagação declatória de "tudo de bom, felicidade, saúde, etc...vamos marcar hoje!" aí pensamos numa viagem. Porque não existe marcar nada no meu aniversário - tipo barzinho, tipo boate, tipo pizzaria. E a coisa mais brega que há , atualmente, é aniversário em Outback. O cúmulo do provincinianismo. Mas ir pra Chapada pra comemorar aniversário é o cúmulo do hippiesm. Não dá, impossible. E depois também, o que é ir à Chapada ver aqueles morrinhos e aquele mato e aquela chuva tensa caindo o tempo todo e aqueles sacizeiros desejando paz, amor e vida plena ao sol..... Aí, a conclusão óbvia disso tudo é: pra que mesmo existir Chapada Diamantina se já existe Bariloche? Lá é legal, não tem hippie, neva, faz sol, tem lago azul, tem montanhas mais altas e bonitas, faz frio, tem lojas e lojas de chocolate, tem segurança, tem guias...ou seja, Chapada beijos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mais um

Dá até pra sentir o suspiro de alívio da Anac em saber que o avião, sumido no Atlântico, é francês. E não me venham com piadas de Efeito Lost porque eu não acho graça.