quarta-feira, 14 de julho de 2010

Andar com fé, eu vou.

Recém formado, quase desempregado e semi pobre. Dai que pessoas sensatas deveriam ficar em casa, comendo farelos, vendo novela, sessão da tarde e enfiando o nariz nos classificados. De repente se ela fosse disciplinada estudaria para um concurso ou se tivesse uma rede de contatos pediria emprego por indicação. Até teria algumas dessas qualidades (qualidades? oi?), mas faço isso? NOT. Comprei uma passagem pro Rio de Janeiro e estou aqui contando os dias para a Festa da Boa Morte, em Agosto, na cidade de Cachoeira, Recôncavo Baiano. A festa é uma coisa linda - e o licor também. Mas, pera lá, né? Hoje ainda é 14 de julho. E 14 de julho é dia de Open House. Nesse calendário pré-carnaval 2011 significa que até pode ter espaço para queda de cabelo, porres homérico, pra 7 de setembro, dia de finados e até para tiroteios e confusões, mas não tem pra desespero não.

É mais feliz quem menos trabalhou e mais dinheiro ganhou


O Ministério Público da União lançou edital em que disponibiliza 2 vagas para jornalista, sem provas de título, com salário de R$6.500 inicial. Tentador é termo phyno.  Acho uma verdadeira bobagem todo este discurso que tenta assegurar, a qualquer preço, a mediocridade de exercer um cargo público. Primeiro porque evidentemente não há nenhuma relação entre ser servidor e ser um zero a esquerda. Segundo porque evidentemente não há nenhuma relação entre ser funcionário de uma empresa particular e ser competente – o que não falta num país clientelista é o fator Quem Indica. E terceiro porque, a gente até pode entender seja medíocre se contentar com uma estabilidade duradoura e com um salário, para os padrões brasileiros de vida e de consumo, bom, mas que é muito, muito pior, e consideravelmente assustador e pouco inteligente se contentar com as disputas de mercado, competitividade  promoções estilo empregador-querendo-colocar-trabalhador-no-bolso durante uma vida inteira e depois ser mandado embora com uma mão na frente e, nem sempre, com uma mão atrás. Sem recursos para as sessões de terapia, remédios antidepressivos ou para algum uísque falsificado no botequim.

Essas segmentações de prols e contras do público e privado não dilui, entretanto,  a sensação de que se inscrever num concurso público é como estar entrando num abatedouro. Num abatedouro em que você não será aquele que vai consumir, mas o que será consumido. Quer dizer, você até pode ter cabeças diversificadas, de tamanhos, formas e complexidades diferentes, mas, no final das contas, um milhão delas rolam pelo chão e duas mantém-se no pescoço. E no mundo cão ninguém precisa de muita esperteza pra saber que aposentadoria por invalidez e lesão por esforço repetitivo são amigas íntimas da guilhotina.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Feliz Ano Novo de Novo

Pelos 22 anos completados em 4 de julho e pelo diploma (sem validade pelo STF) de Jornalista. Tô pra pista.