segunda-feira, 3 de maio de 2010

A vida é uma bolha

Sempre achei uma grande bobagem o que escrevo aqui. Evidentemente por esse motivo coloquei o blog no anonimato durante alguns verões. A sensação desconfortante de que alguém está lendo o que você diz sem ao menos você souber quem é, só não é mais tensa do que saber que as pessoas, ao lerem você, estão lendo tão somente bobagens e pensamentos medíocres. É como se me reduzisse a isso. Ou é como se eu tivesse que aceitar o fato de que sou isso. 

Não acreditava que pouco mais de um punhado de desocupados passeassem por aqui. Até o dia que coloquei o blog sob a mira do Google Analytics. Não só descobri que pessoas do Brasil inteiro entram aqui, como passam alguns minutos futucando minha vida. As cidades que mais me visitam são Fortaleza e Salvador. Nessas duas semanas, o dia que teve mais acesso foi domingo passado, 30 pessoas. 30 pessoas num dia é 5 vezes mais gente do que eu gostaria de ver num ano inteiro aqui nesse blog. E acessam todo tipo de post, embora exista meu texto meia boca sobre Contos Populares do Brasil (Silvio Romero) apareça com maior destaque, juntamente com o comentário que fiz sobre a novela Viver a Vida e os conflitos raciais. Ninguém comenta muito. 

Essa semana preciso escrever alguma coisa nova aqui. Alguma literatura barata pra aliviar a fúria do mundo e essa insegurança que respira junto comigo.

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