terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Lista de Livros 2009


1) O lobo da Estepe (Hermann Hesse)
2) 1984 (George Orwell)
3) Cuentos de Eva Luna (Isabel Allende)
4) Os contos de Beedle, O Bardo (J.K.Rowling)
5) Jornalismo Investigativo (Leandro Fortes)
6) O Livro do Riso e do Esquecimento (Milan Kundera)
7) O Homem Duplicado (José Saramago)
8) O Amor nos Tempos de Cólera (Gabriel García Márquez)
9) Globalização, Democracia e Terrorismo (Eric Hobsbawn)
10) Os Intelectuais e a Organização da Cultura (Antônio Gramsci)
11) O Livro Amarelo do Terminal (Vanessa Bárbara)
12) 1933 foi um ano Ruim (John Fante)
13) A identidade cultural na pós-modernidade (Stuart Hall)
14) Memórias de Minhas Putas Tristes (Gabriel García Márquez)
15) Raízes do Brasil (Sérgio Buarque de Holanda)
16) Aparelhos Ideológicos de Estado (Louis Althusser)
17) Manifesto do Partido Comunista (Marx e Engels)
18) Contos Populares do Brasil (Sílvio Romero)
19) Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira e Seymour, Uma Apresentação (J.D. Salinger)
20) Billy Budd, o Marinheiro (Herman Melville)
21) O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë)
22) Pergunte ao Pó (John Fante)
23) As Vinhas da Ira (John Steinbeck)
24) El Derrumbe Argentino (Rafael Jiménez; Luis Martínez)
25) A arte de Pesquisar (Miriam Goldenberg)
26) Marx: sobre as crises econômicas do capitalismo (Daniel Romero)
27) Contos Inacabados (J.R.R. Tolkien)
28) Vida de Escritor (Gay Talese)
29) Contos Completos (Virgínia Woolf)
30) Coisas Frágeis (Neil Gaiman)
31) Brava Gente: A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil (João Pedro Stedile e Bernardo Mançano Fernandes)
32) Comunicação, Hegemonia e Contra-Informação (Carlos Eduardo Lins da Silva – coordenador)
33) Um Discurso Sobre as Ciências (Boaventura de Souza Santos)
34) As Crônicas de Nárnia: O Sobrinho do Mago (C. S. Lewis)
35) As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa (C. S. Lewis)
36) As Crônicas de Nárnia: O Cavalo e o seu Menino (C. S. Lewis)
37) As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian (C. S. Lewis)
38) As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada (C. S. Lewis)
39) As Crônicas de Nárnia: A Cadeira de Prata (C. S. Lewis)
40) As Crônicas de Nárnia: A Última Batalha (C. S. Lewis)
41) O Jornalista e o Assassino (Janet Malcolm)
42) Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais (Stuart Hall) – org. Liv Sovik
43) O Conceito de Hegemonia em Gramsci (Luciano Gruppi)
44) The Adventures of Tom Sawyer (Mark Twain)
45) Indignation (Philip Roth)
46) O Livro das Ignorãças (Manoel de Barros)
47) Jardim de Inverno (Pablo Neruda)
48) O Anticristo (Nietzsche)
49) O Rio São Francisco: Desafio e Promessa (Carlos Lacerda)
50) A Imortalidade (Milan Kundera)
51) Jornalismo Científico e Desenvolvimento Sustentável (Cilene Victor, Graça Caldas e Simone Bortoliero – org.)
52) Sustentabilidade: Uma paixão em Movimento (Org. Aloísio Ruscheinsky)
53) Ecologia e Cidadania (Carlos Minc)
54) O Rio São Francisco e a sua Colonização (Apolônio Sales)
55) Rio São Francisco: uma caminhada entre vida e morte (Frei Luiz Flávio Cappio, Adriano Martins, Renato Kirchner)
56) A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água (Jorge Amado)
57) Literatura Comentada: João Cabral de Melo Neto
58) Menino de Engenho (José Lins do Rego)
59) São Bernardo (Graciliano Ramos)
60) O Pagador de Promessas (Dias Gomes)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Que quando chegou à casa encontrou jogado na cama aquilo que fora sua vida. E pensou tanto na arrogância de seus sentimentos e no profundo corte das palavras rudes que sorriu. Um riso indigesto e incompreensível. Porque sabia sim, era tudo como um agravamento. Cada dia, era isso: uma sonoridade pesada, um desgosto venenoso. Tinha, por prepotência de um Deus desvairado, a obrigação de cumprir um destino vulgar. E diante do que se via, lançou-se numa maré suave – incondenável até mesmo para a razão, senhora da culpa. Como quem narra a difícil existência de um mundo, costurou-se de violento amor. E assim, sem mais versos e pensamentos, partiu.

domingo, 13 de dezembro de 2009


Toda saudade tem um pouco de velhice¹




¹: Guimarães Rosa

sábado, 12 de dezembro de 2009

Qualquer amor já é um pouquinho de saúde e um descanso na loucura.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ao caos


Eu estou sempre aqui como todas essas coisas. Estou sempre cercado por essa áurea secular da qual se admira a cerâmica. Porque eu também sou como o barro. Feito de inconsistências, deslizes e imperfeições. É essa lama, tocada pela mão fria, que sou. Meu desespero é como ela. Não querendo ser nada, não querendo fazer nada, vou me transformando. Solto, livre e desmanchado, inundo a liberdade sorrateira do mundo. Se me perguntassem o que sinto, devo ser prudente em hesitar, juntar meus sentimentos e sufocá-los imperiosamente com meus demônios, com o que me resta de secura e de polidez.

Dentro do que sou, entretanto, há somente guerra. E sou um homem traído. Traído com o barro que ao artista inspira para logo depois tomá-lo nas mãos e esmagá-lo. Modelando as formas e reinventando o que está posto, ele trai. Cria um monstro de beleza impossível. Assim também sou. Traído pelo artista que me fez e pelo intragável sabor de viver. É para suportar que caminho. Mesmo quando meu corpo quer se desligar de mim, mesmo quando quero cometer um assassinato raivoso do que aí está, há uma vontade desbotada, um desejo que não quer ser.

É precisamente por ser do barro que tento me desfazer todos os dias. Que me entrego ao tempo que se passa sem marcação para me desnudar, me decompor e virar o nada despretensioso. O nada que me torna alguma coisa imprecisa e sentimental. Um castelo num reino de ninguém, uma cólera na vida do artista que me vendo ser feito torna-se deformado. Medonho tal qual o que se cria. Inútil, porque não há vida ali. Somente busca e desencanto. Como uma fórmula inacabada que não satisfeita some de tudo, se esvai, gruda nas pessoas, nas árvores, no mar. Delirante feito o pássaro que arrebenta o vento e se queima com sua própria existência. É desse jeito que me tenho: um desfazer para tudo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Da praga de não poder decidir


Pra ser sincero, eu não gosto de vocês. Me sobram opções, me faltam condições.

Assinado,
Por enquanto

Foto: A vida é assim: pesarosa.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

56 anos até o dia D


Um quizz do facebook disse que eu irei morrer aos 77 anos, retirando o lixo de casa. Significa dizer que tenho apenas 56 anos de vida e que toda aquela dose de cinismo e de drama que poderiam coroar meu grande final definitivamente não passará de uns garrafas vazias de whisky e um enlatado de carne moída. Tá, não se anime não que é só um teste.

É hora de partir


Aqui estamos novamente. 1º de dezembro. Último dia de aula na graduação. Que fazer?