
Desiti de todas as matérias que prometiam tornar meu semestre promissor. O primeiro alvo foi Ciência Política. Passei pra Comunicação e Contemporaneidade e, logo depois, a minha matéria preferida sobrou. Fique em paz Sociologia do Conhecimento. Aqui jazz um penúltimo semestre de graduação.
Se eu fosse #Goethe, essas decisões sucessivas poderiam ser sintetizadas num único apelo: "Quem, de três milênios não é capaz de se dar conta,vive na escuridão, na sombra,à mercê dos dias, do tempo". O dia em que eu me deparei com essa citação no sempre controverso O Mundo de Sofia, cometi um delito: roubei pra mim. Fui me apoderando dela, juntando as mãos com força, segurando, espremendo, sufocando-a. Só pra ter certeza, aperto diariamente. Foi olhando distraidamente o meu rígido calendário cheio de Universidade que repousei a mão no interior do bolso direito e retirei dele o bicho. Arreganhava os dentes na minha direção alucinado por destruir minha cara e deformá-la: "Quem, de três milênios não é capaz de se dar conta,vive na escuridão, na sombra,à mercê dos dias, do tempo". Apertei-o com força. Urrou, expôs a língua. Quem, de três milênios não é capaz de se dar conta,vive na escuridão, na sombra,à mercê dos dias, do tempo. É um processo. Uma obra de Kafka, sim. Dar-se conta. Ali enterrei a minha lógica torta e desetimulante. Risquei as coisas medíocres, consumidoras de tempo.
Livre paras piores decisões. Dar-se conta. Todos os dias.
Se eu fosse #Goethe, essas decisões sucessivas poderiam ser sintetizadas num único apelo: "Quem, de três milênios não é capaz de se dar conta,vive na escuridão, na sombra,à mercê dos dias, do tempo". O dia em que eu me deparei com essa citação no sempre controverso O Mundo de Sofia, cometi um delito: roubei pra mim. Fui me apoderando dela, juntando as mãos com força, segurando, espremendo, sufocando-a. Só pra ter certeza, aperto diariamente. Foi olhando distraidamente o meu rígido calendário cheio de Universidade que repousei a mão no interior do bolso direito e retirei dele o bicho. Arreganhava os dentes na minha direção alucinado por destruir minha cara e deformá-la: "Quem, de três milênios não é capaz de se dar conta,vive na escuridão, na sombra,à mercê dos dias, do tempo". Apertei-o com força. Urrou, expôs a língua. Quem, de três milênios não é capaz de se dar conta,vive na escuridão, na sombra,à mercê dos dias, do tempo. É um processo. Uma obra de Kafka, sim. Dar-se conta. Ali enterrei a minha lógica torta e desetimulante. Risquei as coisas medíocres, consumidoras de tempo.
Livre paras piores decisões. Dar-se conta. Todos os dias.